Histórico

Por volta de 1820, a família de INÊS, residente no sitio do Dr. Bóris, tinha uma filha de 10 anos, chamada Firmina, dotada, segundo contam, de dons especiais, capazes de curar e ajudar pessoas através de sua fé. Dizia-se, inclusive, que ela tinha os dons da profecia e da multiplicação dos alimentos.

Com isso, muitos fiéis, vindos de diversas regiões, chegavam ao lugarejo afim de conhecê-la, apontando para a necessidade da construção de uma capela.

Em 05.05.1873, o Sr. Benedito Antônio do Espírito Santo, mais conhecido como “Benedito Pedro” doou uma área de 36.300 m² de terra, na qual foi construída a Capela de São Benedito, considerando-se então esta, a data de fundação da localidade, que viria a tornar-se mais tarde o Município de Biritiba Mirim.

Em 1890, o povoado Capela de São Benedito, que expandira em torno da Capela, já contava com um número considerável de habitantes.

Em 21.11.1892 foi criado o distrito policial de Biritiba Mirim, pertencente ao Município de Mogi das Cruzes.

Em 1902, teve inicio a construção da Igreja do Padroeiro São Benedito, orientada por Pe. Chico e Frei Silvério.

Com a Lei Municipal nº 1985, de 13.11.1924, a pequena vila conhecida por Capela de São Benedito passou a Distrito de Paz (recebendo a denominação de Biritiba Mirim), do município de Mogi das Cruzes, quando então foi nomeado o subprefeito Sr. Abílio augusto Pinto.

igreja

Origem do nome Biritiba Mirim:

BIRI: flor que nasce em abundância na região do Vale do Tietê, em terrenos alagados.
TIBA: na linguagem tupi-guarani significa muito.
MIRIM: pequeno (também em tupi-guarani)
De origem tupi-guarani, Biritiba Mirim significa “pequeno lugar onde nascem muitos biris”.

O Surgimento do Distrito trouxe como conseqüência a criação do Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais e Anexos de Biritiba Mirim, em 28.03.1925.

Em 1929, chegava a Biritiba Mirim o primeiro imigrante japonês Sr. Shigueru Takebe e sua esposa Kikue Takebe, simbolizando o início de uma grande participação na economia do município (Agricultura), que persiste até a atualidade.

Também em 1929, foi inaugurada a primeira Estrada Estadual que ligava Salesópolis a Mogi das Cruzes, passando por Biritiba Mirim.

Em 1933, houve a divisão dos distritos de Mogi das Cruzes, de acordo com a administração do Estado, como segue: Mogi das Cruzes, Arujá, Biritiba mirim, Itaquaquecetuba, Poá, Sabaúna, Santo Ângelo, Suzano e Taiaçupeba.

Em 1934, iniciou-se, sob orientação do eng. Pe. Cícero, a obra de construção da torre da atual Igreja São Benedito.

Em 1939, inaugurada, com a presença do então Governador Adhemar de Barros, a Estação de Tratamento de Água, da Sabesp –em Casa Grande – que abasteceria de água a Grande São Paulo.
Em 1950, era construído, pelo então prefeito de Mogi das Cruzes Epaminondas Freire, o primeiro Grupo Escolar de Biritiba Mirim, em terreno doado pelo Sr. Caetano leme da Cunha. Atualmente, encontra-se instalada, neste prédio, a Prefeitura Municipal.

Em 26.12.62 seria elevada a Igreja de São Benedito à Paróquia de São Benedito, cujo primeiro vigário foi Pe. Joaquim Bernardo da Silva.

Em 30.12.63, Biritiba Mirim conseguiu sua emancipação político-administrativa, tendo ocorrido a instalação do município em 23.03.64, através de Decreto Municipal.

Seus políticos mais antigos foram: Silvino de Miranda Melo, Lucídio José da silva, José Freital e Antonio Leme da Cunha.

O empreiteiro da primeira estrada foi o Sr. Francisco Ferreira Lopes, que, quando eleito prefeito em Mogi das Cruzes, garantiu o fornecimento de água encanada em Biritiba Mirim.

Os primeiros professores que orientaram os moradores da Capela de São Benedito foram, por ordem cronológica: Dona Gilberta – 1913, Prof. Adolfo Cardoso – 1921, Benedito Cândido de Moraes e D. Luiza – 1924. Lecionaram, também, naquela época, Amélia Franco Vieira, D. Lucinda e Paulo Souto de Castro.

Filhos ilustres do município, heróis ex-combatentes da F.A.B: Tenente Onofre Rodrigues de Aguiar, João Dias Cardoso, José da Silva, José Lino da Silva, Francisco Miranda e o Tenente João da Cunha Rudge, ex-combatente da revolução de 1932.

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Sobre os aspectos históricos do município há muito pouco em termos de registros escritos. Contudo, há uma forte presença da “cultura oral”, a qual também não se encontra registrada, o que é um risco, podendo o povo de uma cidade ficar sem a sua história

Fonte geral: DECET

 

 

 

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